
Assisti sua desenvoltura diante das pedras pelo chão espalhadas...
Franzina com cabelos ao vento...sorriso maroto...trazia nas mãos
Pedaços de madeira....florzinhas colhidas no mato...
Eram mãos delicadas.. e as unhas estavam sujas de terra...
Pegava a fruta do pé...e as colocava na boca sem cuidado...
A liberdade brilhava em seus olhos...
Uma liberdade despretenciosa...longe das agruras da vida...
Distante das maldades veladas...
Corria sorrindo...pulava no rio...banhava-se em inocência...
Trazia no peito um ar só dela...
Retia com prazer o cheiro peculiar da relva...
Respirava sem a dor do ontem...
Sem a preucupação do amanhã...
Suspirava agradecida pela vida...
Até que a mocidade chegou...e junto com ela...e de mãos dadas...
O entendimento...do mundo...e a da dor do amor...
Amendrontada e estarrecida..com o que longe da pureza ela via...
Buscou um esconderijo...
E a menina sem outra alternativa...cresceu...
Em meio a confusão de sua mente...
Se tornou uma mulher...
Seu corpo acompanhou tb..as mudanças...mesmo doendo por dentro...
E a mulher... tranformada...amadurecida...e descrente...
Depois que a vida muito lhe mostrou...e doeu...
Ainda assim...se permitiu...
E quando encontra...olhos sensíveis ao improvável...ao invisível...
Se mostra...ainda menina...
Correndo descalça...com flores nas mãos...
(cristiane ferreira)
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