terça-feira, 29 de janeiro de 2019

AGRADECER




De volta para casa ontem depois do trabalho , metrô parcialmente cheio ..
O que foi uma surpresa , geralmente vou como sardinha enlatada no vagão das mulheres , para não sofrer assédio e aborrecimentos.
Notei a presença de uma deficiente visual , na mesma hora me propus a ajudar , vendo que cederam lugar para ela sentar.
Era uma mulher que aparentava uns 40 anos. Se manteve sentada e eu perguntei onde ela desceria.
Soube que seria na mesma estação que eu , e a ajudei a saltar do metrô , dei meu braço para acompanhar até onde desse.
Veio logo uma das funcionárias do metrô e eu prontamente a entreguei a ela.
Subi as escadas rolantes e fui para o ponto da van que pego até perto de casa.
Logo atrás as duas conversando alegremente...
Isso me deixou refletindo , das minhas reclamações às vezes.
Dos minutos perdidos olhando o celular , nas redes sociais , os joguinhos viciantes.
Do quanto tempo eu perdia nisso ao invés de ver as pessoas , as árvores , a revoada dos pássaros , dos carros passando.
O dia estava lindo e fazia sol por causa do horário de verão.
A funcionária a deixou dentro do ônibus.
Me deu um alívio grande saber que existem coisas diárias para nos lembrar que existe pessoas boas e que existe um DEUS que fez tudo isso. E que nossos problemas por mais difíceis que sejam são ínfimos perto de outras pessoas.
Imaginei como seria difícil para essa mulher se locomover todos os dias.
Gozo de boa saúde , enxergo o azul do céu , o verde do mar e as cores das flores.
E por mais que  o mundo nos encha de más notícias diariamente , temos que tentar enxergar a vida por outros ângulos.
Sou sã. E isso já é o suficiente para eu agradecer  a DEUS todos os dias.

( cris Ferreira )









segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

TEMPOS MODERNOS


Já reparou o quanto somos resmungões ?
Se está calor reclamamos  que está quente , que estamos suando..
Se chove reclamamos da chuva , do inconveniente do guarda chuva ,
Se está frio pedimos o sol porque está frio..
Reclamamos do ar condicionado gelado demais do metrô.
Mas se está fraco reclamamos também.
Para a maioria , bom é ter piscina em casa , de preferência enorme, para ostentar nas fotos em redes sociais. Carro do ano , viagens nas férias , não basta ser de ônibus ou de carro para região dos lagos.
Queremos ir de navio , de avião , queremos cruzeiros para o caribe.
Viagens internacionais.
Bom é ter feriado todo mês , 2 , 3 dias em casa.
Bom é ter salário bom , casa de praia , de campo .
Mas reclamamos se ficamos até tarde no trabalho.
Hoje vivemos para o agora o já.
Trabalhamos para comprar de tudo , 
Somos imediatistas , rabugentos e impregnados de preocupação de como os outros nos vê.
Queremos tudo rápido para ontem.
Mudou se tudo , inclusive os valores.
Andamos correndo nas ruas , queremos rapidez nas respostas.
época boa de eu criança..
sinto saudade de jogar bola nas ruas, da simplicidade das coisas.
Da ansiedade da espera de uma carta dos correiros.
Das rodas dos amigos da escola para fazer um trabalho valendo nota.
Saudade da vida mais amena ,mas calma e sem essa pressa.
Onde criança era educada para ser bons adultos e não vítimas da sociedade.
Onde levava chinelada para um corretivo dos pais , sem ter que ir a psicólogo por isso.
época de queimada na rua.
Do começo incerto do primeiro namoro e primeiro beijo.
Não adolescentes de 12 anos sendo mães.
Bateu saudade de tudo.
Onde na infância tínhamos limites e regras e seguir.
Hoje essa geração mimimi , fulgáz e artificial como máquinas.
Crianças mimadas e mal educadas.
Antigamente tínhamos pouco e valorizávamos cada conquista, ´respeitávamos os mais velhos , os professores , pais e colegas.
Tínhamos dificuldades  , mas aprendemos a valorizar as coisas e pessoas realmente.
Hoje vivemos a era do estresse , da depressão.
Onde havia o que fazer essa doença não existia.
Acho que o mundo moderno trouxe muitas coisas boas , mas destruiu o que tínhamos de bom dentro da gente.

VALORES...

(CRIS FERREIRA )






INTELIGÊNCIA EMOCIONAL




Então...nunca fui muito adepta a isso. Minha juventude foi de muita personalidade e brigava feio pelos meus pensamentos e idéias.
Deus me livre se houvesse discordância ou se visse alguém me querendo fazer mal.
Com as experiências , e os aprendizados da vida pude perceber que me perdi muito no meio disso tudo.
Porque não é brigando que se é ouvida.
Não é batendo de frente que se tem razão.
E como eu sempre digo , hoje prefiro ter paz que razão.
A razão vêm no meio da paz.
A paz por si própria traz razão.
Claro que existe seres que fazem questão de tentar tirar sua paciência.
Que se esmeram para te fazer mal , para se sentirem bem com elas mesmas.
São sem luz...se escondem num interior cheio de amargura e insegurança.
Geralmente sentem inveja até de sua alegria.
Você vê , você sabe ,mas consegue driblar , se esquivar e pensa antes de responder a altura essas provocações.
Conta até 20 , fecha os olhos e pede a DEUS sabedoria e discernimento.
Pensa duas, 3 vezes e faz silêncio.
Ou responde algo que a outra parte não espera com gentileza e calma.
Não é fácil...precisa um exercício diário .
Porque a natureza humana é revidar , se defender , se vingar.
Mas quando  aprende você se limita  , corrige . 
Porque você pondera o que está em jogo , o que uma resposta pode causar a você mesma (o).
Palavras proferidas com raiva , ditas sem pensar podem causar estragos irreversíveis.
Você perde a sua razão. Se esgota emocionalmente e coloca em risco :
amizades , relacionamentos , emprego e sua paz interior.
Faz um mal enorme , e se torna toxico e nocivo a sua saúde mental , emocional e sua integridade.
Claro que existem fatores que vão além .
Situações que somos obrigados a responder de forma firme para também não parecer fraco e covarde.
Mas tenho procurado ser calma.
5 minutos para a raiva passar.
E me recompor..
O bem sempre vence o mal.
Têm dado certo.
Oro todos os dias para ter sabedoria para lidar com essas situações.
Deus me renova a cada dia.
Vou seguindo meu caminho , minha vida ..
Sendo cada dia melhor...

(cris ferreira )


quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

GENTE DOIDA


Gente doida é muito bom..
Me identifico sempre , fico feliz quando se aproximam .
Gente doida é o máximo  ,mas muitas vezes incompreendidas,
Taxadas ou acusadas.
Mas o melhor é  que : Não estão nem aí para isso.
Seguem suas vidas caminhando em frente porque acreditam :
Na vida , nas pessoas , em milagres , em dias melhores.
Iluminam uma tarde monótona e cinza com palavras de incentivo.
Se estão preocupadas falam sozinhas ,
Se estão alegres riem de si mesmas ,
quando tristes desabafam sinceramente ,
É feliz com pouco , e divide o que tem,
Gente doida conta piada , e gosta de ver gente rindo..
Ri solto , as vezes alto...isso contagia quem estiver por perto.
Gente doida é sincera ,
Não guarda mágoa,
não deseja o mal ,
Acumula experiências e não dores.
Dessas diz que já bastam as do mundo..
Gente doida é falante  e alegre ,
perdoa como quem dá bom dia..
Não somatizam problemas , procuram resolver com conversa ,
Gente doida grita quando está nervoso , mas se arrepende 2 segundos depois ,
para essa gente doida basta um sorriso e um pedido de desculpas .
Abraça as pessoas com facilidade ,
Fala com lixeiro , planta , animais com a maior naturalidade diariamente,
não distingue ninguém.
Trata a todos com importância.
Expõe seus sentimentos com clareza , não gosta de joguinhos.
Chama a tia do café de querida e não se  envergonha de ser sentimental ou simples.
Gente doida acredita e torce pelo bem comum.
Gente doida é chamado assim porque sabe viver sem o peso de parecer perfeito...ou para agradar ninguém por algum interesse.
Deus abençoe essa gente doida mas feliz...

(cris ferreira )

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

DEFINITIVO

Definitivo, como tudo o que é simples. Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. 

Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade. 

Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.

Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender. 

Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada. 

Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar. 

Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.

Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!

A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. 

A dor é inevitável. O sofrimento é opcional...
Martha Medeiros


terça-feira, 15 de janeiro de 2019

OS DIFÍCEIS


Por Martha Medeiros
Há que se respeitar quem sofre de depressão, distimia, bipolaridade e demais transtornos psíquicos que afetam parte da população. Muitos desses pacientes recorrem à ajuda terapêutica e se medicam a fim de minimizar os efeitos desastrosos que respingam em suas relações profissionais e pessoais. Conseguem tornar, assim, mais tranquila a convivência.
Mas tem um grupo que está longe de ser doente:
 São os que simplesmente se autointitulam “difíceis” com o propósito de facilitar para o lado deles. São os temperamentais que não estão seriamente comprometidos por uma disfunção psíquica – ao menos, não que se saiba, já que não possuem diagnóstico. São morrinhas, apenas. Seja por alguma insegurança trazida da infância, ou por narcisismo crônico, ou ainda por terem herdado um gênio desgraçado, se decretam “difíceis” e quem estiver por perto que se adapte. Que vida mole, não?
Tem uma música bonita do Skank que começa dizendo:
 “Quando eu estiver triste, simplesmente me abrace/ quando eu estiver louco, subitamente se afaste/ quando eu estiver fogo/ suavemente se encaixe…”. A letra é poética, sem dúvida, mas é o melô do folgado. Você é obrigada a reagir conforme o humor da criatura.
Antigamente, quando uma amiga, um namorado ou um parente declarava-se uma pessoa difícil, eu relevava. Ora, estava previamente explicada a razão de o infeliz entornar o caldo, promover discussões, criar briga do nada, encasquetar com besteira. Era alguém difícil, coitado. E teve a gentileza de avisar antes. Como não perdoar?
Já fui muito boazinha, lembro bem.
Hoje em dia, se alguém chegar perto de mim avisando “sou uma pessoa difícil”, desejo sorte e desapareço em três segundos. Já gastei minha cota de paciência com esses difíceis que utilizam seu temperamento infantil e autocentrado como álibi para passar por cima dos sentimentos dos outros feito um trator, sem ligar a mínima se estão magoando – e claro que esses “outros” são seus afetos mais íntimos, pois com colegas e conhecidos eles são uns doces, a tal “dificuldade” que lhes caracteriza some como num passe de mágica. 
Onde foi parar o ogro que estava aqui?
Chega-se a uma etapa da vida em que ser misericordioso cansa. Se a pessoa é difícil, é porque está se levando a sério demais. Será que já não tem idade para controlar seu egocentrismo? Se não controla, é porque não está muito interessada em investir em suas relações. Já que ficam loucos a torto e direito, só nos resta se afastar, mesmo. E investir em pessoas alegres, educadas, divertidas e que não desperdiçam nosso tempo com draminhas repetitivos, dos quais já se conhece o final: sempre sobra para nós, os fáceis.

(Martha Medeiros )