Que cai as vezes sem querer...
No meio do nada assim de repente...
Se mostra entempestiva...carente...
Me faz feliz... mas faz doer...
Minha poesia é como chão....
Que dele mesmo rachado e seco...ainda assim
pode fazer brotar vida...e diferentes cores e formas...
rosa...branco...amarelo...carmim...
Minha poesia é como perfume...
suave e doce...tomando conta do ar...
que se torna forte num piscar de olhos..fazendo arder os olhos...
Ao ponto de fazer chorar...
Minha poesia é como um infinito mar de estrelas cadentes
que cruzam o céu...e apontam na escuridão da noite...
E despenca lá do céu... em gotas de sereno...
Molhando a pele dos amantes...
Minha poesia é como o ventre da mãe a esperar seu filho...
Paciente...e cheia de sonhos...inundada de beleza...ao sentir
Que presenteia o mundo...ao gerar uma alma...sem medo sem impecilho...
Minha poesia é como o toque dos que não perderam a esperança...
Da saudade sentida...do abraço apertado de um sincero amigo...
Do ressurgir...das lembranças...
Minha poesia é beijo demorado...na boca dos que amam e são amados...
Dos que buscam no meio do nada..razão para acreditar em seu tudo...
Que sente...ri...luta...e toma pra si...um puro coração alado...
Minha poesia é partículas de um mundo externado...
Fiel e leal ao sincero...real ..absoluto...desordenado..
Que mesmo que não faça sentido pra muitos...
Faz a diferença pra mim e pra outros tantos é tudo....
Minha poesia é como o tempo que gira em torno de nós...
Pela constância... incerteza...pela perssistência...pela tolerância ..
Pela beleza da verdadeira vontade...sem vaidade....
De ajudar a falar o inexplicável...ao desatar meus nós...
Minha poesia é como fogo que ateia no peito
Dos que se deixam sentir...se apaixonar..
Sem querer explicações...
Sem meias verdades..sem preconceito...
Que sorri mesmo com medo.. e enche o peito de ar...
Minha poesia é como sorrir...
mesmo com lágrimas nos olhos...
Do que é imortal... do que é especial do que é nosso de direito...
O nosso direito de amar...
Minha poesia não precisa de regras...
De panos de fundo...de música...
ELa é absolutatmente clara...
Irrestrita...nua...
Toma a voz ...mesmo calada..sem ser o que não pode ser...
Viola as leis do que se pode explicar...
Minha poesia... é como o mar...
Infinito berço...imenso...leito...
Que faz bem ao meu corpo...que me faz pensar...
Minha poesia não tem endereço...
Mora a cada segundo num plano de existência diferente...
Se muda com o vento...aponta em qualquer lugar...
Minha poesia se veste de anjo..pensa que pode voar...
Mas cai e se despenca na verdade que se revela...
E no chão ainda atordoada..se perde
Na pura certeza...dos defeitos humanos...
E triste a chorar fala do que não pode mudar...
Das imperfeições detalhadas...da maldade...crueldade...
dos enganos...
Minha poesia é como criança...que pensa na alegria...
E quando cresce....traz dentro de si...uma suave lembrança...
Corre aos saltos e cansada..dorme ...
E ao dormir esquece...
O que de fato queria fazer...
A cada sono acordado...na vida...
Tem um novo amanhecer...
Minha poesia é assim solta....
Não se pode frear...
Se mete em todos os assuntos...
Por achar que pode ajudar...
Minha poesia pobre e iludida...
Anda cega a vagar...
Luta com os cegos e tolos...
contra os medrosos mudos e além...
Na tentativa...de fazer que lhe ouçam...
Não apenas o que convém...
E mesmo sendo pobre..se iludindo...
Continua a acreditar...
Que um dia quem sabe...alguém leia...e se interesse...
Aos sentimentos que ela têm...
E se importe ao querer que os outros...
Atrávés de suas palavras...
Com esse mundo se importe também...
(cristiane ferreira)
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